quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe


O Lutador



Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem 3 há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.
Insisto, solerte.
Busco persuadi-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue…
Entretanto, luto.
Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste descampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tortura.
Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.
Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumará.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
aquela sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! é o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.
O ciclo do dia
ora se conclui 8
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.

Carlos Drummond de Andrade

Veteranos de guerra



Quando se fala de amor, muitos usam palavras bélicas, como luta, batalha, conflito. Amar pode ser uma guerrilha diária mesmo.

Isso me faz lembrar os desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes, homens uniformizados em suas cadeiras de roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual poucos conseguem sair ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.

Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.

Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.

Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.

Há os que preferem não se arriscar: mantém-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.

Há os que têm a sorte de um amor tranquilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.

Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.

Há os que se apaixonam por seus inimigos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.

E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.

Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo.

Martha Medeiros

Clarice Lispector


"...Estou em plena luta... Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não termos um ao outro... Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
... Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer " pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes se apagar a luz...
Mas eu escapei disso Lori,, escapei com a ferocidade com que se escapa da peste e esperarei até você também estar mais pronta."

mais verdade do que isso impossível

Relacionamentos

Cansei

Katy Perry

#MtFofo

desconhecido -_-

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Analise " A ultima crônica "

             No texto de Fernando Sabino , o autor trata de um assunto  do cotidiano e utilizou os elementos básicos da narrativa , com o ponto de vista mantido em 3° pessoa, o título e o desfecho são bem interessantes " assim eu queria a minha ultima crônica".
             O autor teve uma visão bem focado na Crônica, que mesmo com poucas  condições não precisa  de muito dinheiro, uma festa de aniversário enorme,só precisa de amor, compreensão do jeito que você é verdadeiramente.



Analistas:Aline Simiano
                Lais correa
                Sara Cardoso de Lima
                Thalita Kormann

                                9°ano "A"




Texro de Fernando Sabino

sábado, 25 de agosto de 2012

atualizando...

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To chique...


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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sábias Palavras

Fale

Confiança

*.*

Borboletas

¬.¬

Caio Fernando Abreu

*W*

F , F e F

Deus

:D

Amigos......

:'(

Eu Quero

eai...

      Gostaram do meu blogg esta de cara nova para mostrar um novo período da minha vida,de mudanças.Espero que gostem 


                                                    bjs

sábado, 11 de agosto de 2012

como fazer um laço no seu cabelo...


    1° separe duas mechas de cabelo
    2°faça momo se foce um coque
    3°separe ( o coque )
    5° passe o cabelo ( o restante da mesa mecha) do dentro do coque
    6° pronto

    quarta-feira, 1 de agosto de 2012

    Vida



    Já perdoei erros quase imperdoáveis,
    tentei substituir pessoas insubstituíveis
    e esquecer pessoas inesquecíveis.

    Já fiz coisas por impulso,
    já me decepcionei com pessoas
    que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
    mas também já decepcionei alguém.

    Já abracei pra proteger,
    já dei risada quando não podia,
    fiz amigos eternos,
    e amigos que eu nunca mais vi.

    Amei e fui amado,
    mas também já fui rejeitado,
    fui amado e não amei.

    Já gritei e pulei de tanta felicidade,
    já vivi de amor e fiz juras eternas,
    e quebrei a cara muitas vezes!

    Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
    já liguei só para escutar uma voz,
    me apaixonei por um sorriso,
    já pensei que fosse morrer de tanta saudade
    e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

    Mas vivi!
    E ainda vivo!
    Não passo pela vida.
    E você também não deveria passar!

    Viva!!

    Bom mesmo é ir à luta com determinação,
    abraçar a vida com paixão,
    perder com classe
    e vencer com ousadia,
    porque o mundo pertence a quem se atreve
    e a vida é muito para ser insignificante.
     
    Augusto Branco